AF NOTÍCIAS |
Segundo
a comissão, com o montante, o Estado teria condições de nomear os 95 aprovados
no último concurso da instituição, que foi realizado ainda em 2014.
Isso
porque os remanescentes custariam um total de R$ 856.216,75. Desta forma,
faltariam apenas R$ 221.896,67 para completar o salário dos futuros servidores
públicos.
Diante
dos dados, a Comissão Geral disse que este é o momento ideal para se estabelecer
um cronograma de convocação dos candidatos, já que a Segurança Pública no
Estado passa por uma reestruturação, conforme anunciou o governador Mauro
Carlesse (PHS) nas últimas semanas.
Atualmente,
a estrutura da Polícia Civil do Tocantins tem previsão de 2.344 cargos, sendo
217 para peritos criminais. Porém, apenas 182 vagas dessa área estão sendo
ocupadas, o que gera uma vacância de 35 cargos. No caso dos médicos legistas, a
pasta tem 92 postos, mas só 71 estão sendo preenchidos, portanto faltam 21 pessoas
para completar o quadro.
Segundo
os aprovados, o déficit gera atraso nas investigações e deixa a estrutura
da Segurança Pública ainda mais defasada.
De
acordo com levantamento da comissão Geral, 8 peritos, 4 delegados, 4 escrivães,
1 papiloscopista e 10 agentes já se aposentaram neste ano. Contabilizando as
aposentadorias e desistência de quatro aprovados para o cargo de delegados, 5
para o cargo de escrivão e três pedidos de exoneração também para o cargo de
delegado geram uma grande economia para o Estado.
Os
dados ainda mostram que o total necessário para concluir o processo seletivo
para todos os cargos, gira em torno de R$ 221.896,67, que serão providos apenas
pelas aposentadorias dos Peritos Oficiais que ocorrerão ainda neste ano.
“Quando fazemos as contas e
colocamos tudo na ponta da caneta, percebemos que o Estado tem condições de
chamar, o mais rápido possível os aprovados. Acredito que o governador deveria
olhar com muita atenção, agora, para esses remanescentes, pois na restruturação
da segurança, a sociedade não pode ficar desassistida e uma forma da Polícia
Civil executar melhor seu trabalho, é, com certeza, um quadro de pessoal capaz
de atender a população e não a falta de investigações e conclusões de laudos,
devido ao déficit de servidores”, ressalta Diego Borges de
Abreu, aprovado para o cargo de perito criminal.
A
comissão lembra que no concurso de 2014 foram ofertadas apenas 80 vagas para o
cargo de perito criminal, destas, 55 candidatos tomaram posse. Este número é
praticamente o quantitativo de aposentados de 2014 mais os que deixarão os
cargos até o final de 2018.
“Os dados apontam que
consequentemente a Polícia Civil terá uma defasagem ainda maior no quadro de
pessoal, o que resultará, em menos segurança para população e mais demora na resolução
dos inquéritos. Por isso o Estado precisa desta atenção”, enfatiza
Borges.
O
candidato ainda aposta que a solução mais viável para desafogar a demanda
existente hoje na polícia, seria a convocação imediata dos aprovados no
certame.
“Nos preparamos e estudamos
muito para termos a tão sonhada nomeação. Entendemos as dificuldades
financeiras do Estado, mas não é reduzindo o quantitativo na Polícia Civil que
iremos ter um estado mais seguro e assistido em relação aos crimes”,
aposta.
CONCURSO
Mais
de 60 candidatos remanescentes do concurso da Polícia Civil foram nomeados em
junho. Com isso, 12 peritos, 22 delegados e 26 escrivães passaram a integrar o
quadro da Segurança Pública do Estado.
Porém,
mesmo com a nomeação por parte do governador Mauro Carlesse, o quantitativo de
candidatos que tomam posse representa apenas um terço dos remanescentes que
aguardam a convocação. Somando os cargos ainda ficam no aguardo 95 candidatos.